Uma testemunha afirmou ter presenciado o momento em que Larissa Rodrigues foi agredida com golpes efetuados por um homem, que estava com um pedaço de madeira nas mãos
O homem que matou a pauladas a transexual cearense Larissa Rodrigues da Silva, 21 anos, no último sábado (4), em São Paulo, se apresentou à Polícia Civil na noite desta segunda-feira (6). As informações são do portal G1. A investigação está buscando imagens de câmeras de segurança para saber como o crime aconteceu.
Em depoimento, uma testemunha contou que estava com a vítima no momento em que um homem não identificado em um carro quase os atropelou. Posteriormente, o autor retornou com o veículo, desembarcou com um pedaço de madeira, golpeando a vítima com o objeto.
De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, o homem golpeou Larissa uma vez e, posteriormente, começou a discutir com outras transexuais que estavam próximo. Em seguida, ele retornou até onde estava Larissa, já caída no chão, e desferiu mais golpes na vítima.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de agressão e, ao chegar no local, encontrou a vítima caída com ferimentos na cabeça. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e socorreu a vítima a um hospital, onde Larissa Rodrigues morreu.
O corpo dela está sendo velado na casa onde ela viveu junto com a família, no bairro Jardim Iracema, em Fortaleza. A família diz que a jovem trabalhava como garota de programa e sempre os ajudava. A irmã da vítima relembra que a moça era meiga e uma boa amiga, e que, por isso, “não merecia ser morta em uma tragédia assim, tão horrorosa”.
Com a voz trêmula, a mãe, Rosângela Lima, traz à memória a última vez que falou com Larissa Rodrigues. Por estar viajando e porque o volume do celular estava baixo, não conseguiu responder a tempo a última mensagem de voz da filha.
Recusa
A mãe da vítima relata que soube que uma das versões da morte da filha é a de que ela teria recusado a uma proposta de um cliente por ele ser negro. “Ele ficou ofendido porque achou que ela estava rejeitando ele, mas não. Ele foi agressivo com ela. Se ele não tivesse a matado ali, teria feito isso no carro, porque ele estava com um pedaço de madeira lá dentro”, conta. Sentimento compartilhado por todos, a família clama por Justiça.
“É muito pesado, uma coisa que eu jamais queria passar. Sempre pedi que eu morresse antes dos meus filhos, não o contrário. Não sei porque esse ‘troço’ veio fazer isso com a minha filha”, externa Rosângela Lima.
Diário do Nordeste