A declaração do petista rebate lideranças do PSL no Ceará que afirmaram não querer “nenhuma aproximação” com o governador do Estado.
Após a derrota do candidato de seu partido, Fernando Haddad, na disputa, presidencial, o governador Camilo Santana (PT) disse, nesta terça-feira (30), que vai buscar aproximação com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Ao ser questionado se teme o Ceará ser prejudicado no próximo Governo Federal por estar na oposição, o chefe do Executivo Estadual reeleito frisou ter um “estilo” de diálogo.
“O meu estilo, como vocês conhecem, é a minha disposição de diálogo, de respeito e eu acredito que nós vivemos numa Federação e (espero) que a relação ela possa existir (de forma) institucional entre a Presidência da República e os estados brasileiros, e vou procurar dialogar, contribuir. Acho que a eleição terminou, o que é importante agora é pensar no Brasil, pensar no Ceará e estarei sempre na luta em defesa do meu Estado”.
A declaração dada mais cedo, na residência oficial do governador, antes da reunião de Monitoramento de Ações e Projetos Prioritários (MAPP) com o secretariado, vem na contramão do que o presidente do PSL no Estado, deputado federal eleito Heitor Freire disse, no último domingo (28), que não queria “nenhuma aproximação nem com o prefeito de Fortaleza nem com o governador do Estado”.
Em um aceno ao capitão reformado, Camilo, por outro lado, lembrou dos pronunciamentos de Jair Bolsonaro após a eleição em que ele afirmou que seu governo será “defensor da Constituição”.
“O meu desejo é que o Brasil possa retomar o seu crescimento, possa ter disposição, respeitar a democracia, respeitar a Constituição brasileira e é isso o que todos nós esperamos e já é o que o novo presidente sinalizou nos seus primeiros pronunciamentos depois de eleito”.
DN