Municípios cearenses que alcançarem bons resultados nas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti receberão incentivo de R$ 10 milhões do Governo do Estado em 2018. O anúncio da premiação foi feito nesta segundafeira (12) pelo governador Camilo Santana em cerimônia no Centro de Eventos do Ceará.
Para receberem as verbas, as cidades terão de cumprir, no período de junho a dezembro deste ano, critérios estabelecidos pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa). Dentre eles, estão a criação de comitês municipais intersetoriais de combate ao vetor, monitoramento de indicadores de qualidade de vigilância das arboviroses e a promoção de visitas domiciliares em pelo menos 80% das residências. Outras metas são a realização de dois Levantamentos de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e a apresentação de planos municipais de ação de vigilância e controle das arboviroses para o ano de 2018.
Conforme o governador, a medida faz parte de um conjunto de estratégias para garantir a continuidade das ações de combate ao mosquito ao longo do segundo semestre, período em que os trabalhos dentro dos municípios tendem a diminuir. “É uma série de ações que Estado e prefeituras estão realizando no sentido de fazer enfrentamento ao mosquito. O importante é que isso não seja simplesmente anual, que possa ser permanente, e esse trabalho vai ser em parceria com a Academia, com especialistas, mas é fundamental o envolvimento de todos os gestores municipais”, destacou.
Além do incentivo financeiro, o pacote de ações também inclui a criação de uma sala de monitoramento com informações sobre visitas domiciliares realizadas nas cidades, focos do mosquito, índices de infestação, casos de arboviroses e outros dados locais. Também foram lançado um canal de atendimento com médicos para ajudar no manejo clínico de pessoas infectadas e um aplicativo para smartphones por meio do qual a população poderá criar brigadas de rastreio de focos do mosquito e fazer denúncias de locais de risco para manifestação do vetor. A ferramena foi desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).
O Governo ainda atuará na capacitação de profissionais de saúde e agentes comunitários de saúde e de controle de endemias. Serão formadas equipes de enfermeiros que ficarão responsáveis pela investigação de casos graves e formas atípicas de dengue, chikungunya e zika.
Segundo o titular da Sesa, Henrique Javi, hoje as regiões do Estado com maiores infestações pelo vetor são as litorâneas, em virtude da alta concentração de pessoas. O secretário também ressaltou que 80% dos focos do mosquito são encontrados dentro das residências, daí a necessidade de mobilização da população no enfrentamento ao Aedes aegypti. “A medida mais eficaz ainda é a faxina semanal. A presença do mosquito está vinculada a nossas residências. Ele precisa de três condições para se reproduzir: fonte fácil de sangue, água fresca e parada e sombra. São condições que as residências estebelecem e que ajudam na preservação do ciclo de reprodução”, afirmou.
Diário do Nordeste