O ex-governador José Serra só não será candidato à presidência da República em 2014 se não quiser. Mesmo sem espaço no PSDB, que já se definiu pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), ele terá a oportunidade no PPS, do deputado Roberto Freire (PPS-PE). “Há tempo o PPS fez o convite para que @joseserra_ se filiasse ao partido, @Pati_Gil_ mas ainda não existe decisão. Estamos no aguardo”, postou Freire, instantes atrás, no Twitter. Isso significa que o tapete vermelho está estendido ao tucano, mas não exatamente como ele gostaria. Serra foi um dos principais articuladores da fusão entre o PPS e o PMN, que daria origem ao partido Mobilização Democrática – iniciativa que caiu por terra na semana passada. Se decidir migrar para o PPS, poderá concorrer à presidência, mas com tempo menor de televisão. O que o anima é o bom recall nas pesquisas. Um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, feito recentemente, o colocou com chances reais de chegar ao segundo turno, em empate técnico com a ex-senadora Marina Silva, e à frente do senador Aécio Neves. Internamente, no PSDB, Serra tem defendido sua eventual saída não como um gesto de ruptura, mas como uma decisão capaz de tomar o governo federal das mãos do PT. A tese de Serra é que quanto maior o número de candidaturas competitivas, maior a possibilidade de segundo turno. E quem chegar lá terá o apoio do outro. Assim, se conseguir se manter à frente de Aécio até outubro de 2014 e eventualmente passar para a disputa final contra a presidente Dilma Rousseff, obrigaria o PSDB a vir a reboque de sua candidatura. Também no Twitter, o deputado Roberto Freire afirmou que descarta a possibilidade de Joaquim Barbosa vir a ser candidato à presidência da República. “Considero um excelente juiz e presta inestimável serviço ao STF e ao BR. Mas para presidente vejo outras opções”, disse ele. Freire mencionou apenas Aécio, Marina, Eduardo Campos e “talvez Serra”.
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