Os policiais teriam abordado a vítima enquanto estavam de serviço e oferecido uma carona na viatura. Os militares foram afastados das suas funções
Três policiais militares estão sob suspeita de participarem de um estupro coletivo contra uma jovem no Estado do Ceará. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) investiga a participação dos agentes no crime ocorrido no último fim de semana, em Fortaleza.
Nesta sexta-feira (28), o órgão controlador instaurou portaria para apurar a conduta dos PMs. Conforme publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) um subtenente e dois soldados, teriam participado do crime que teve com vítima uma mulher que aguardava um motorista de aplicativo e estaria sob efeito de álcool quando foi violentada.
A reportagem apurou que os PMs estavam de serviço e teriam oferecido uma carona a vítima na viatura policial. Conforme depoimento da testemunha, o crime aconteceu na madrugada do último dia 23 de janeiro. A mulher se desencontrou de alguns amigos e teria ficado sozinha em uma calçada de um bar no Conjunto Ceará.
Foi quando a viatura se aproximou e os militares começaram a conversar com a vítima. Eles teriam dito que poderiam oferecer a ela uma carona porque o destino para onde ela iria estava na rota deles. Após saírem do local, a viatura parou em uma estrada carrocável e os policiais teriam pedido para a vítima descer.Os PMs devem ficar afastados das funções durante 120 dias.
Segundo depoimento da mulher, ela não recorda com exatidão o que aconteceu depois, mas lembra que um dos policiais apertou seu seio e ela ficou sem o short. A vítima teria sido estuprada primeiro pelo motorista da viatura.
“Após o ato sexual deixarem-lhe na casa de uma amiga, onde tomou banho, contou o ocorrido e se dirigiu a unidade policial para denunciar o crime, tendo realizado exame de corpo de delito”, segund a portaria da CGD. A documentação apontou elementos mínimos acerca da autoria e materialidade e demonstrou, em tese, a ocorrência de uma infração disciplinar por parte dos militares.
A CGD afirma que a partir dos fatos foi determinado imediato afastamento dos investigados das suas funções e instaurado conselho de disciplina para apurar as condutas transgressivas a eles atribuídas.
DN