Entrevista Parte II – Romeu diz que tinha pastor evangélico, dona de barraca de praia e gente rica como bolsista da prefeitura

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A entrevista do deputado eleito Romeu Aldigueri (PDT) realizada ontem (13) no programa Grande Jornal da 98, da FM Pinto Martins de Camocim, tocou em vários assuntos polêmicos da politica local e da administração pública. O deputado, dentre vários assuntos, destacou as mais recentes denuncias feitas pelos vereadores da bancada da oposição ao Ministério Público Estadual e Federal , que resultaram no pedido de cassação do mandato do deputado estadual Sérgio Aguiar e  multa à prefeita Monica, que continua sendo investigada por improbidade administrativa e que poderá ter seu mandato cassado pela Justiça.

 

As denuncias foram sobre o forte  esquema de contratações ilegais de servidores temporários no período de campanha eleitoral para beneficiar a candidatura do esposo da prefeita.

 

“Foram contratações feitas em apenas dois dias, sem licitação e sem seleção pública”, disse Romeu afirmando que a prefeitura “firmou convênio com uma fundação de uma  universidade pública de apoio ao estudo, para  fazer uma “espécie de capacitação de bolsas”, tendo a principio 1400 (bolsitas)” que posteriormente teve esse número aumentado, através de um aditivo, para mais de 1580″.  Isso  em dezembro de 2017, mas que “porém, só começaram a contratar em Julho”, informou Aldigueri questionando: ” o convênio não precisava funcionar no primeiro semestre?”

 

“Na relação destes contratados tinha gente formado em nível superior, gente não formada e gente incapacitada”, criticou o deputado eleito, revelando ter “até pastor de igreja evangélica ganhando dois mil reais, fazendo curso como bolsista, além de apadrinhados políticos de Sérgio Aguiar das cidades de Granja e Barroquinha, sendo que a bolsa seria para atender apenas moradores de Camocim, porém, “a Mentinha Angelim, formada em serviço social, filha de um cabo eleitoral em Granja, Moacir Júnior, morador em Granja, filho do cabo eleitoral Moacir e a sobrinha do Jaime Veras, de Barroquinha”, constavam na lista de bolsistas, como também “dono de padaria, comerciante gente rica da cidade e até dona de barraca de praia na Ilha do Amor, sem falar quer teve “gente que ganhou sem trabalhar”.

 

Sobre a investigação do Ministério Público, o deputado eleito contou durante que o promotor de Justiça Dr. Evânio mandou um funcionário da promotoria entrevistar nove pessoas (bolsistas) de um determinado  posto de saúde e ninguém soube responder quem teria os  contratados, “o que estavam  fazendo no posto, qual o valor do salário, o cargo, quem os pagavam e se pagavam em espécie e  não sabiam informar se tinha contrato assinado entre outras questões referente a suposta bolsa.

 

O rol das irregularidades engrossou ainda mais no quente da disputa eleitoral quando a prefeita, segundo Romeu, ” no dia 13 de agosto, contratou 515 professores, sem seleção, sem prova, sem entrevista, sem análise curricular e sem dar direito de oportunidade a todos”.

 

Pra piorar, o  secretário da saúde demitiu  no dia 30 de novembro todos os bolsistas através do Whatsapp, sendo que o prazo  determinado seria apenas no  dia 31 dezembro. Ou seja: os contratos foram quebrados antes do tempo.

 

“Que bolsa é essa?, cadê o termo final?, a  festa final de conclusão da formação destes bolsistas?, questionou o ex-prefeito de Granja, dando seguimento a arguição: “Eram trinta horas semanais, onde foram dadas as aulas?, alguma pessoa de Camocim viu a fotografia de algum desses cursos?,  onde eram realizado os cursos, cadê os professores dessa fundação, os tutores?,onde estão as avaliações, os diplomas de encerramento do curso?, salientou Romeu reforçando que a prefeita “criou isso para enganar a Justiça camocinense e o promotor local”.

 

Carlos Jardel

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