Empresário condenado por importunação sexual em elevador deve pagar R$ 100 mil à vítima após ‘apalpada’

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Para definir o valor da indenização, a Justiça considerou até o carro do acusado na época do caso

empresário Israel Leal Bandeira Neto, já condenado na esfera criminal por importunação sexual em elevador, agora também foi sentenciado na 21ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza a pagar R$ 100 mil de indenização à mulher vítima de ‘apalpada’ em partes íntimas.

A vítima, Larissa Duarte, havia pedido R$ 300 mil em danos morais alegando que o réu violou direitos fundamentais dela, “causando-lhe danos morais evidentes, decorrentes do constrangimento, da humilhação, do abalo psicológico”. A defesa do empresário não foi localizada pela reportagem.

Para definir o valor da indenização, a Justiça considerou até o carro do acusado na época dos fatos (março de 2024), um Jeep Compass no valor de R$ 230 mil.

O juiz disse que o valor de R$ 100 mil “não se afigura exorbitante, sendo em meu entender, adequado, considerando a gravidade do dano, as condições financeiras do réu e a necessidade de repreender, de forma pedagógica, a conduta reiterada de importunação sexual”.

Conforme documentos que a reportagem teve acesso, para a condenação também foram levadas em consideração a gravidade e repercussão do caso, amplamente divulgado na imprensa.

“Por mais que se considere que a autora tenha divulgado o vídeo, tal fato não afasta a responsabilidade do réu pelo ato ilícito praticado… a ampla repercussão do fato na mídia nacional não pode ser atribuída exclusivamente à autora”

CONDENADO EM REGIME ABERTO

Ainda no ano passado, Israel foi condenado a cumprir um ano de reclusão, em regime aberto, e recorreu da decisão. 

De acordo com a sentença proferida na 9ª Vara Criminal, o empresário “tinha ciência do ilícito, capacidade de agir de forma diversa e não se encontrava acobertado por qualquer causa de exclusão da culpabilidade”. 

Para a Justiça, a conduta imputada ao réu é típica, antijurídica e culpável. Deve, assim, ser acolhida a pretensão formulada na denúncia”. 

Israel também foi acusado por outras duas mulheres, mãe e filha, de importuná-las em um elevador, em outra ocasião.

assédio contra Larissa aconteceu no dia 15 de fevereiro do ano passado, em um prédio comercial no bairro Aldeota. As imagens viralizaram nas redes sociais. 

DN

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