Senadores que compõem a comissão aliados ao presidente Jair Bolsonaro tentaram impedir o requerimento
ACPI da Covid aprovou, nesta quinta-feira, 19, a quebra de sigilos de influenciadores e blogueiros bolsonaristas, dentre eles Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio, Bernardo Küster e outros. Os requerimentos foram aprovados em bloco durante a abertura da oitiva que ouve Franscisco Emerson Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a compra da vacina indiana Covaxin, envolvida em suspeita de fraude.
Senadores aliados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que compõem a comissão tentaram impedir a quebra de sigilos de produtores de conteúdo e de sites investigados por disseminar fake news. Segundo os parlamentares, se trata de uma “caça” à liberdade de expressão.
Além de blogueiros e influenciadores bolsonaristas, a CPI também aprovou a quebra de sigilo fiscal do líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), e do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef.
Durante a fase de debates, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) declarou ainda que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao desmonetizar blogs e sites suspeitos de produzir fake news, abriria um precedente que poderia afetar a imprensa no futuro. A fala é referente à decisão do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, que determinou às plataformas YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook a suspensão do repasse de valores a determinadas pessoas e páginas que “se dedicam a propagar desinformação”.
Entre os citados está Allan dos Santos, do canal Terça Livre. “Quero fazer um apelo porque estamos vendo uma verdadeira caçada dos tribunais. O TSE está desmonetizando sites e blogues de ideias que têm ideias divergentes de narrativas que a gente tem visto no Brasil. Começa com site, começa com blog, depois afeta a imprensa”, disse parlamentar cearense.
O povo