Entre 2008 e 2015, o Ceará realizou 254 transplantes de medula óssea, segundo dados do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado (Hemoce). Foram, em média, 36 procedimentos por ano ou três por mês. Além disso, o Estado superou a meta de cadastro de doadores de medula óssea. Foram aproximadamente 17 mil pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), para registrar as informações de possíveis doadores. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 15 mil voluntários, anualmente.
O objetivo agora é superar os números durante a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que prossegue até a segunda-feira (21). Na programação, além da mobilização para o cadastro de doadores de medula óssea em todas as unidades da hemorrede, a semana encerrará com uma confraternização natalina para os doadores, pacientes e a equipe médica de transplantes de medula óssea, no auditório do hemocentro coordenador, Av. José Bastos, 3390, Rodolfo Teófilo.
A chance de encontrar um doador compatível é uma em 100 mil. Para o processo de doação, a coleta da medula pode acontecer de duas maneiras: por punção direta na região da bacia, um procedimento que leva cerca de 40 minutos, ou por coleta na veia do braço em um equipamento chamado de máquina de aférese.
Cada vez que um voluntário se dispõe a ser um possível doador de medula óssea, aumentam-se as chances de compatibilidade com pacientes que precisam de transplante de medula no mundo inteiro, já que as informações no Redome integram a rede internacional de registros de doadores de medula óssea. Atualmente, o Ceará tem cerca de 150.200 doadores cadastrados. A chance de encontrar um doador compatível fora da família é mais difícil. Por isso a importância de aumentar o número de cadastro e de pessoas voluntárias dispostas a fazer a doação.
O Ceará fez o primeiro transplante de medula óssea em 2008, ano em que iniciou a parceria entre o Hemoce e o Hospital Universitário Walter Cantídio, com a realização de transplantes de medula óssea autólogo – quando a medula transplantada é do próprio paciente. Em 2013, foi possível também oferecer à população o transplante alogênico, quando o tecido transplantado provém de outra pessoa, o doador. Neste ano, no dia 1º de dezembro, foi realizado com sucesso o primeiro transplante de aplasia medular do Ceará.
Em sete anos, 254 transplantes de medula óssea foram feitos no Estado. Só este ano, o Ceará fez 73 transplantes de medula óssea. Desse total, 63 autólogos e 10 alogênicos. Dos doadores cadastrados no Redome, pelo Hemoce, 22 pessoas já fizeram a doação de medula e salvaram vidas de pacientes em países como França, Portugal, Estados Unidos e Argentina.
Informações DN