A grave denuncia da Procuradoria Geral Eleitoral contra o deputado estadual Sérgio Aguiar (PSD) e sua esposa Monica Aguiar, por uso da máquina pública e abuso do poder politico na prefeitura de Camocim, em beneficio direto da candidatura de Sérgio, nas eleições de 2018, já está em instrução. O Juiz Eleitoral da 32º Zona, em Camocim, Dr. Tiago Dias da Silva convocou as testemunhos do Ministério Público Eleitoral para ouvi-las na Audiência de Inquerição, agendada para ocorrer na tarde do dia 06 de maio, no Fórum de Camocim
O casal Aguiar, que pinta e borda em Camocim, desrespeitando a população, a Justiça e as leis, começou a contar, quem sabe, seus últimos dias no cargo de deputado e prefeita. Poderão, até o final deste ano, ou quem sabe antes, terem seus mandatos cassados pela Justiça Eleitoral por terem cometido crime eleitoral.
Monica já amargou uma vez a vergonha pública de ter sido condenada em primeira instância pelo mesmo crime que agora responde junto com o marido.
A denúncia, em mais de 500 páginas, com farta prova documental, mostra tudo. Mais de 200 pessoas foram contratadas ilegalmente pela prefeitura de Camocim entre os meses julho e agosto, sem seleção, sem autorização legislativa, contrariando a Constituição Federal, numa grande negociata de votos em troca de um emprego na prefeitura.
O caso foi de tamanho absurdo que pessoas que foram contratadas sequer sabiam quanto iriam receber e nem mesmo qual função estavam exercendo na máquina pública. Eles cumpriam expediente em seus respectivos setores e faziam trabalho de campo, em equipes, pedindo votos durante a campanha de Sérgio, além de participarem dos comícios e caminhadas.
A contratação ilegal de servidores também foi camuflada através de convênios fraudulentos firmados entre a prefeitura de Camocim e a Fundação de Cultura e Apoio ao Ensino (Funcep/Funece), de tal forma que o Tribunal de Contas do Estado -TCE, ordenou a suspensão de tal convênio, e proibiu a celebração de novos convênios e contratos de servidores.
Muitos cabos eleitorais de Sérgio Aguiar das cidades vizinhas – Granja, Barroquinha, Chaval e Martinópole – na época, também foram contratados pela prefeitura de Camocim, como bolsistas inclusive ferindo as regras da contratação que via Bolsa, cuja as vagas deveriam ser lotadas por moradores de Camocim.
Após a campanha eleitoral a prefeita Monica demitiu todos os servidores antes mesmo do final do contrato, previsto para o final de dezembro, deixando mais evidente que se tratava de contratos eleitoreiros. É tanto que até a data de hoje não contratou enviou ao Legislativo nenhum projeto de contratação temporária , muito embora tivesse prometido aos seus eleitores.
Carlos Jardel