A aprovação, pela Anvisa, do uso emergencial da Suputnik V beneficia diretamente o Ceará que, por meio do Consórcio dos Estados do Nordeste, adquiriu 5,87 milhões de dose do imunizante que é produzido na Rússia. Com a decisão da Anvisa, os estados brasileiros poderão receber a vacina. O Consórcio já fechou um acordo para a compra de 37 milhões de doses e estava apenas aguardando a autorização da Anvisa. A agência também aprovou a importação e o uso da vacina Convaxin.
“Destaco que fica autorizada a importação excepcional e temporária do seguinte quantitativo, correspondente a doses para imunização de 1% da população nacional, dentro do cronograma enviado pelo Ministério da Saúde: 4 milhões de doses”, disse Alex Machado Campos, diretor da agência.
A maioria do colegiado, composto por cinco diretores, aprovou o imunizante russo. De acordo com o portal Uol, há duas semanas, mais documentos sobre a Sputnik V foram entregues pela União Química, representante no Brasil, e pelo Fundo Soberano Russo, responsável por disponibilizar o imunizante. Ao defender a rejeição do pedido de importação há mais de um mês, o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, chegou a afirmar que a agência “nunca teve apego às questões burocráticas” e que, “sem a inspeção que avalia as boas práticas de fabricação dos insumos vacinais, não é possível atestar as reais condições de fabricação do produto”.
O primeiro pedido de importação e uso da Sputnik V foi negado pelos diretores em 26 de abril. Pouco depois, os governadores do Consórcio Nordeste encaminharam à Anvisa um pedido de reavaliação sobre a vacina russa, anexando o relatório da Federação Russa ao Ministério da Saúde para sanar dúvidas sobre o imunizante.
Vacinas
Até o momento, a Anvisa já concedeu registro definitivo às vacinas comercializadas pela Pfizer e pela Fiocruz. Já os imunizantes Coronavac, Janssen e Covishield receberam apenas a autorização para o uso emergencial.
Ceara Agora