neste sábado (28), mas a taça escapou nas disputas de pênaltis contra a LDU por 4 a 3, após o empate no tempo normal em 1 a 1 no estádio Domingos Burgueño, em Maldonado (URU).
A expectativa pelo título era enorme, a torcida compareceu em peso ao estádio para apoiar o Leão, mas a verdade é que o Tricolor cometeu erros capitais que o fizeram ficar com o vice-campeonato. São pelo menos 5 pontos que explicam a perda do título do Leão no Uruguai.
Ao longo dos 90 minutos no tempo normal e 30 de prorrogação, o Fortaleza fez uma partida abaixo do potencial da equipe. Claro que em uma final como esta, há um peso extra, um peso emocional, mas o time não esteve em seu melhor dia. Taticamente o time esteve lento, não conseguiu ser intenso como em outros momentos na temporada. Em muitos momentos do jogo, o Leão se desorganizou, com o meio muito distante do ataque.
Ofensivamente, Guilherme e Marinho não renderam, deixando Lucero isolado na maior parte do jogo. No meio campo, Caio Alexandre, um dos melhores do Leão no ano, não fez um grande jogo, sobrecarregando Zé Welison que foi o melhor no setor.
Pocchetino deu o passe para o gol mas foi muito bem marcado. A defesa se portou bem ao longo do jogo.
2) Atuação da LDU
Se o Fortaleza não jogou o que poderia, a LDU fez exatamente o jogo que se esperava dela. Muita marcação, saídas raras mas rápidas de contra-ataques, e picotando o jogo o tempo todo.
A equipe é experiente e ditou o ritmo do jogo, quebrando o ritmo do Fortaleza quando preciso e atacando na boa. Mauricio Martínez e Lucas Piovi marcaram bem no meio, Jhojan Julio foi sempre perigoso nos contra-ataques em velocidade, e Guerrero fez o pivô – sua melhor característica – prendendo a bola lá na frente.
E na defesa, o haitiano Ricardo Adé foi muito bem nas interceptações, assim como os dois laterais, marcando muito lá atrás. Mas o melhor do time foi Alzugaray, que marcou um belo gol, ele que entrou no lugar de Ibarra, lesionado, ainda no 1º tempo.
3) Erros em momentos decisivos
Quando se perde um título é porque a equipe cometeu erros capitais para isso. E no tempo normal foram dois. Primeiro, Marinho perdeu uma chance clara de abrir o placar, dando um drible a mais no marcador, ao invés de chutar. Sair na frente cedo seria vital para o Fortaleza naquele momento.
E no gol de empate da LDU, Bruno Pacheco falhou na marcação de Alzugaray, primeiro perdendo uma dividida – muitos entenderam como falta – e na outra disputa foi driblado, permitindo a finalização para um belo gol do argentino.
4) Substituições contestadas
Vojvoda é um ídolo e um dos maiores treinadores da história do Fortaleza. Um técnico diferente, inteligente, mas que não foi feliz nas mudanças que fez.
Galhardo não rendeu na vaga de Pocchetino, e Pedro Augusto muito menos na vaga de Zé Welison e Romero no posto de Lucero. A única alteração que melhorou o time foi a entrada de Pikachu no lugar de Guilherme. As entradas de Sasha e Machuca mantiveram o nível dos que saíram: Caio Alexandre e Marinho.
5) Cobradores
As mudanças com a bola rolando foram determinantes para a perda do título nos pênaltis. Zé Welison e Lucero são ótimos cobradores, superiores a Pedro Augusto e Romero, jogadores que perderam suas penalidades.
Claro que a dupla que saiu poderia estar desgastada na prorrogação, mas mantê-los em campo seria vital para as penalidades.
DN