O senador Aécio Neves (PSDB) estará hoje em Fortaleza para participar da convenção estadual do PSDB que empossará os novos dirigentes do partido a nível municipal e estadual. Aécio será recepcionado pelo ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), um dos principais incentivadores da candidatura do tucano mineiro. O novo diretório municipal do PSDB ficará o comando do empresário e suplente de deputado federal Tomás Figueiredo Filho, que permanecerá à frente da sigla pelos próximos dois anos. Já o ex-deputado Marcos Cals deixará a presidência estadual do partido. Em seu lugar, assume o ex-senador Luiz Pontes. Para o deputado estadual Fernando Hugo, o PSDB cometeu muitos erros e “perdeu a dominação estadual”, chegando o momento de “reciclagem do partido”. O tucano diz que Aécio é “uma força jovem” e que está pronto para enfrentar os problemas do Brasil, entre eles, a inflação. Questionado sobre a candidatura de Tasso em 2014, o parlamentar diz que “é melhor perguntar a ele, mas se saísse eu o apoiaria. É um emblema do partido”.
Divergências
Em entrevista ao site do PSDB, o novo presidente municipal da sigla, Tomás Figueiredo, disse que vai “acompanhar os problemas da cidade e como as pessoas convivem com eles, bem como as soluções viáveis que muitas vezes são de iniciativa da própria população, independente do poder público”. Tomás também afirmou que “vai auxiliar o vereador Carlos Dutra e acompanhar junto com o parlamentar as matérias que tramitam na Câmara Municipal”. Porém para Carlos Dutra, esse acompanhamento do partido não acontece hoje. Para o único vereador do partido na Câmara Municipal, a vinda de Aécio será muito boa para divulgar o partido. Mas, de acordo com o parlamentar, a vinda do presidenciável tucano para Fortaleza não ameniza os problemas do PSDB. Para Dutra, a sigla hoje passa por um processo de encolhimento. Isso ocorreria devido ao isolamento das principais lideranças e a não abertura ao diálogo dos dirigentes. O vereador diz que até agora não foi chamado para sentar à mesa e debater os rumos do PSDB, mas que está aberto ao diálogo com os presidentes eleitos.