Que o Ceará é uma referência na pesquisa do chamado biodiesel, combustível produzido a partir de fontes não-fósseis e renováveis, não é novidade. Um dos pioneiros nesse campo foi o pesquisador Expedito Parente, morto em 2011.
Mas dois projetos desenvolvidos pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE), no campus Juazeiro do Norte, mostram que o Estado deve continuar na vanguarda dos combustíveis ecologicamente corretos.
O projeto “Reciclagem de óleo comestível usado para a produção de biodiesel, glicerina e sabão”, por exemplo, foi credenciado para participar de feira científica em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
Os estudantes irão para a Milset (sigla inglesa que significa ”Movimento para atividades de lazer em Ciência e Tecnologia”) Expo-Sciences International 2013, que acontecerá em setembro deste ano, custeados pela Petrobras e pelo próprio IFCE.
O trabalho, que apresenta alternativas para o reaproveitamento do óleo de cozinha, foi desenvolvido pelos alunos Cícero Paulo dos Santos, Alanna Lucena e Maria Jéssica da Silva e exposto na etapa nacional da prestigiada feira, que este ano aconteceu em Fortaleza.
Biodiesel de pequi
Outro projeto juazeirense ligado ao desenvolvimento de biodiesel e outros produtos também se destacou e representará o Ceará na Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (Fenecit), que acontecerá em Recife, no mês seguinte.
Os estudantes Jennifer Marques, Leonardo Lima e Thiago Tavares desenvolveram o projeto “Potencialidades do Pequi”, com o objetivo de mostrar a importância do fruto para a região e a possibilidade de utilizá-lo para fabricar biocombustível, glicerina, sabão e briquete.
Juazeiro também se destaca na reutilização da água
Mas não foi só na criação de alternativas combustíveis que os estudantes de Juazeiro do Norte se destacaram. A pesquisa sobre reutilização da água também foi qualificada para representar o Brasil no exterior. O projeto “Água Renovada” está apto a participar da Milset América-Latina 2014, na Colômbia.
Os alunos Júnior Nicácio, Laleska de Oliveira e Larissa Gonçalves criaram uma técnica que envolve o uso de energia solar, processos de evaporação e condensação. “Para um estado como o nosso, que enfrenta períodos de seca, a relevância é muito grande”, diz o professor Ricardo Ferreira da Fonseca, que orientou os três projetos-destaque na etapa nacional da Milset.
Com informações: Departamento de Comunicação Social do IFCE