Caso os empresários do setor optem por repassar o valor integral do aumento às bombas, o consumidor cearense irá se deparar com o litro do combustível custando até R$ 4,15 o litro, tendo em vista que na semana passada o preço máximo registrado pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) para o litro da gasolina vendido em postos cearenses foi R$ 4,049. O valor mínimo coletado pela ANP no período no Estado foi R$ 3,780, e o preço médio ao consumidor ficou em R$ 3,865.
Proprietário de quatro postos na capital, Giovani Montezuma já recebe a partir de hoje uma gasolina de R$ 0,08 a R$ 0,10 mais cara das distribuidoras. “Nós já temos um pré-aviso das companhias de que vai ter esse reajuste”, afirma.
Questionado se o valor será integralmente repassado às bombas e quando ocorrerá isso, o empresário afirma que ainda não é possível prever, pois fará os cálculos dos custos de seus postos para saber se é possível absorver o preço ou não.
A dúvida sobre qual o valor da gasolina que chegará às bombas e quando ocorrerá o reajuste para o consumidor final é compartilhada pelo empresário Carlos Pessoa, proprietário de 10 postos (oito em Fortaleza, um em Caucaia e um em Horizonte). “Essa questão do repasse vai depender muito do mercado. Se eu subir o preço sozinho, eu não vou vender”, defende.
Ciente do reajuste no ICMS a partir de hoje, Pessoa comprou antecipadamente um estoque do combustível que lhe possibilitará fornecer o preço antigo por até 15 dias.
Movimentação
Mesmo diante do aumento iminente no valor da gasolina nos postos partir de hoje, os dois empresários consultados pela reportagem não registraram movimentação atípica em seus 14 postos situados no Ceará ontem ou durante o último fim de semana.
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado do Ceará (Sindipostos), cada um dos postos do Estado definirá se irá repassar ou não o aumento do ICMS ao consumidor.
Informações: Diário do Nordeste